domingo, 12 de setembro de 2010

Prólogo

Era uma noite fria, típica do Canadá, a névoa gelada que pairava por toda a região, flutuava sobre um rio sujo que serpeava ao lado de ruas imundas. Os destroços do que um dia foi um grande prédio de advocacia, erguiam-se sóbrias e agourentas. O silêncio total era quebrado apenas pelo rumorejo da água escura, e não havia vestígio de vida exceto por um gato revirando uma lata de lixo.
Então, os barulhos de passos ecoaram pela rua deserta e uma figura encapuzada desponta na esquina andando com passos leves e ligeiros.
Os barulhos de passos aumentam e outra figura encapuzada aparece.
-Espere!
O grito rouco e alto alarmou o gato, que saltou da lata de lixo derrubando-a.
A segunda figura rapidamente virou-se procurando a origem do barulho.
-É só um gato – disse sumariamente uma voz masculina – pensei que fosse um
deles... Bella espere!
Mas a outra, que parara para olhar para traz ao ouvir o barulho, já estava andando mais uma vez pela rua escura.
-Bella... Isabella... Escute...
O homem alcançou a garota e segurou-a pelo braço, mas esta se desvencilhou.
-Me deixe, Sam!
-Você precisa me escutar!
-Já escutei. Agora me deixe pensar!
A garota chamada Isabella chegou ao fim da rua, onde um poste iluminava precariamente a calçada. O outro, Sam, continuou seguindo-a. Lado a lado, eles pararam em frente a uma pequena casa.
-Você está certa de sua decisão? – perguntou Sam.
Mas Bella não estava escutando; tirou uma chave do bolso da calça jeans e abriu a porta. Ao entrarem retiraram os seus casacos, revelando os seus rostos.
Bella tinha a pele alva, cabelos castanhos que caiam em ondas até sua cintura e seus olhos eram do mais puro chocolate, Sam era alto, também tinha a pele clara e cabelos castanhos, mas seus olhos eram verdes.
Eles largaram os casacos em um canto e se sentaram na pequena sala. Bella em uma poltrona e Sam em um pequeno sofá.
-Dean, chegamos! – gritou Sam.
Eles escutaram um barulho vindo da cozinha e um homem apareceu na sala segurando três garrafas de cerveja.
Dean era razoavelmente alto e também tinha pele clara, cabelos castanhos e olhos verdes. Ele foi até o pequeno sofá e sentou-se ao, entregando as cervejas aos outros dois.
Por alguns minutos eles apenas beberam, sem dizer uma só palavra.
-Eu vou embora! – anunciou Bella de repente. – Eu desisto disso tudo!
-Como assim? Por quê? – perguntou Dean olhando confuso para a garota – Você adora isso! Adora caçar! Por que você vai desistir de tudo agora?
Bella respirou fundo e olhou primeiro para Sam, que ainda estava calado, e depois para Dean.
-Eu simplesmente cansei disso. Cansei de ver pessoas sendo possuídas por demônios, sendo mortas por fantasmas ou outras criaturas das trevas. Eu cansei de colocar as pessoas em perigo toda vez que tentamos ajudá-las, cansei de ficar viajando de país em país, cidade em cidade atrás dessas coisas. – disse triste – Eu quero voltar a ser uma pessoa normal. Quero voltar a viver em um mundo onde as histórias de terror são apenas histórias.
-Eu te entendo – disse Sam - melhor do que imagina. Mas...
-Você sabe que isso é impossível. – interrompeu Dean – Principalmente para
você.
-Eu sei! – respondeu Bella – Mas eu não agüento mais viver nessa caçada constante.
Os três passaram algum tempo em silêncio, terminando de beber suas cervejas. Os minutos passavam-se rapidamente enquanto o silencio perdurava.
-Sabe... Eu não faço idéia de como nós vamos nos virar sem você do nosso lado – disse Dean com a voz meio rouca por ter ficado tanto tempo em silencio.
-Vocês vão se sair bem – Bella disse dando um meio sorriso – Afinal são os irmos Wenchester. Caçar criaturas das trevas é a especialidade de vocês.
Os dois a olharam sorrindo tristes.
-E você já sabe para onde vai? – perguntou Sam.
Bella afirmou com a cabeça.
-Para Forks. Está na hora de passar algum tempo com meu pai.

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